ABOUT
KURT COBAIN
Kurt foi um anjo rebelde tão intenso que não coube neste mundo pequeno.
Nascido
em Abeerden (1967), teve infância e adolescência tumultuadas. Conviveu com a violência
doméstica de seu padrasto contra usa
mãe, foi banido de casa por sua, tendo que ir para a casa, com parentes, ou amigos. Instalou-se às margens lamacentas do
rio Wishkah, onde morou de
forma precária. Kurt foi “apresentado” às anfetaminas, com prescrição médica
para tratamento de hiperatividade quando ainda era criança e nunca mais deixou de fazer uso de substâncias quimicas.
Alcançou
sucesso e fama como músico, liderando o grupo Nirvana. Considerado por muitos
como o último príncipe do Rock, recusava qualquer título que o enaltecesse não
se deslumbrava com a vida de celebridade. Era na verdade um antiastro.
A
indústria cultural, no entanto, implacável transformava em “mercadoria de
consumo” tanto suas convenções como suas contravenções: “Era um homem de vontade forte, embora igualmente movido por um vigoroso
auto-desprezo. Mesmo aqueles que o conheciam melhor achavam que quase não o conheciam”
(CROSS, 2013, p.5).
Recusava-se
entrar em limusine, seus jeans eram verdadeiramente velhos e rasgados, calçava tênis
“Converse” tão velhos, quanto sujos e não dispensava sequer o menor cuidado com
a aparência ou até mesmo a higiene. Era imitado por jovens do mundo inteiro, que na verdade, não compreendiam a essência de seu recado. Kurt não convivia bem com a
exposição de uma imagem de astro. Seu autodesprezo o ensinara a não lidar bem
com carinhos em demasia, era reservado, sensível não só para a música, mas,
também para os traços. Kurt expressava-se também através dos desenhos que
fazia, desde a infância. Faziam parte de seus projetos de arte, as caricaturas
e bonecas retratadas pela beleza ou figuras grotescas.
Liderava
o Nirvana e participava ativamente da organização harmônica, arranjos, frases e
convenções das músicas do grupo que eram incansavelmente, avaliadas e “retocadas”
participava de cada detalhe também nas
produções dos shows, cenários, iluminação, contratos e tudo mais que envolvia o
Nirvana. Suas letras eram paradoxais e reveladores. Versos
que deixavam o ouvinte incerto sobre se ele expressava circunstancias internas
ou externas. O tom emocional das canções desafiava a interpretação dos
ouvintes. Kurt irritava-se com as análises freudianas feitas por jornalistas às
suas letras. Fez caricatura de Ronald Reagen, satirizada, pixou no templo da
cidade: Deus é gay e tornou-se figura non
grata na cidade natal, onde após sua
morte, foi homenageado com a escultura de sua guitarra, em local de visitação
pública.
Kurt
foi um anjo rebelde tão intenso que não coube neste mundo pequeno.
CLAUDIA
REGINA LEMES (2013)