quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os ritos intermináveis... A vida!!!

Os ritos intermináveis... A vida!!!
Olhando com atenção o ritual: Uma pequena chora a angústia do primeiro dia... Penso que é tudo igual...
Mas, para cada um ali, é único. Um ritual multiplicado por quantas vidas ali estiverem... Quanto vale aquele tempo para a menina? Tempo de primeiro dia, é um tempo que não termina... É uma fração que carrega uma existência. Não!! Nada é igual.
Uma gota escorre na face da menina. Brilha. Gota mais poderosa do que o ar. Ele não a sustenta. É, porém menor em poder do que as forças que a lançam ao chão e a fazem explodir no contato. Milhões   de mundos: Universo.
De quantas lágrimas se faz um chorar?

Tantos dias e tantas gotas escorreram... E as lágrimas cessam... Mas,  a pequena ainda está  por lá... Às vezes a chorar o primeiro dia. E tudo é tão igual.

Claudia Regina Lemes - 2014

Quando tudo dá errado.

De entender já estou perto
Precisa dar tudo errado
Pra que tudo fique certo...

(Clau- 2014)

sábado, 25 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CLASSE DOMINANTE E CLASSE DOMINADA: EM ESCALA LOCAL E EM ESCALA GLOBAL.

O que difere a classe DOMINANTE, da classe DOMINADA, são as principais questões:


1.    Cultural         Conhecimento adquirido (acesso ao patrimônio cultural construído ao longo da história).Conhecer museus, bibliotecas, músicas, obras de artes, outros lugares e culturas.
2.    Emocional     Inteligência emocional, prudência, autocontrole, perspectiva e análise de futuro, desembaraço social.
3.    Ética/moral    Conhecer e ter a percepção de respeito ao semelhante, à natureza, saber respeitar a vida e preservar a natureza, como valor incalculável.
4.    Economia      Dinheiro, ações, capital, lucros, juros, aplicações, crédito.
5.    Relação social Ter prestígio, respeito social, acessibilidade, reconhecimento profissional.
6.    Familiar         Boa articulação na transmissão do conhecimento e socialização das crianças para a vida produtiva e social. Herança do conhecimento e importância da educação de qualidade para a vida adulta.

É indiscutível e visível que as classes C e D, são extremamente desfavorecidas nos seis quesitos, que listei. O que seria possível e necessário para o Brasil superar este problema?

SÉRIE CAPITALISMO

domingo, 19 de janeiro de 2014

QUEM REGULA?

SÉRIE CAPITALISMO

COMPREENDA-ME OU TE ENREDO!!!!

SÉRIE CAPITALISMO

DECIFRA-ME OU TE DEVORO!!!!!

SÉRIE CAPITALISMO

CRIANÇAS EM VELÓRIO.

Crônica escrita há muito tempo e reescrita várias vezes. A última foi em 1996 e digitada atualmente em 2014.

CRIANÇAS EM VELÓRIO
Família de descendência camponesa italiana: falatório, reuniões, comilança, risos e choros, fofocas ânimos sempre alterados.
Em uma família camponesa italiana, nada é pequeno. Tudo é ampliado. Quando comem. Comem muito.  Quando o motivo é de riso. Ri-se muito. Mas, se choram. Choram muito também.
Era motivo de choro, como em todo velório. E por ser um velório italiano: Muito choro. E por ser uma família italiana: Muita gente!
De vez em quando um comentário. Hora ou outra, alguém se aproximava da defunta e derramava-se em prantos mais ostensivos, sob o olhar curioso dos presentes.
Um terço sendo rezado por um grupo em um canto. Um chá sendo servido em outra parte da sala. Outro grupo ouvia atento, explicações sobre os motivos da morte. Velório caseiro é claro, como era costume antigamente.
Ah! Não podemos nos esquecer das crianças. Esses seres incansáveis que encontram a fantasia nos locais mais inóspitos do dia a dia. Ali também estava um grupo de crianças, meio desassistidas por seus responsáveis, devido à situação. Brincavam, representavam, conversavam e fantasiavam o momento presente. Eu, entre elas, com os meus quatro ou cinco anos, não lembro ao certo, às vezes deixava a brincadeira, para olhar com atenção para a morta. Era jovem, cabelos castanhos, muito branca, talvez devido ao seu estado cadavérico. Vestida de noiva: “Que linda! Quero ser como ela quando eu morrer.” – Pensava. 
Apenas estranhava algodão na boca. Fui saber, muito mais tarde, que era para conter a hemorragia. Pois, a minha imaginação infantil, me levara a concluir que era para evitar que ela voltasse a respirar e se transformasse em zumbi. Que medo!
Esse medo se alastrou. E foi esta conclusão medonha que roubou da minha meninice e da vida conjugal de meus pais, por vários anos, as noites de sono, que foram substituídas por madrugadas em minha companhia chorosa e assustada.
CLAUDIA REGINA LEMES - 1996

O ANÚNCIO DA IGREJA.

Esta foi escrita em 1996, fato real, ocorrido em um bairro joseense que eu frequentava e conhecia muitas pessoas. Inclusive o Sr. Joaquim. Escrita a versão original na íntegra.  (Clau)

O ANÚNCIO DA IGREJA.

Encontrei-o esbravejando a caminho da casa do padre. Quis saber o porquê. Ele me explicou:
“O sino da igreja tocou três vezes em plena segunda feira. E anunciaram pelo microfone. Uma voz confusa... Sinal de luto, como é de costume, mas, não deu para saber quem morrera!”
O senhor Joaquim, já com seus aproximados oitenta anos, frequentador assíduo de todos os velórios do antigo bairro em que mora, não conseguiu distinguir o nome do morto anunciado pelo microfone da igreja. Achou desrespeitoso ir até lá perguntar, e começou a arquitetar um plano para resolver seu problema: Descobriria por si mesmo.
Pensou: “Vou começar fazendo visitas para os amigos que sei que estão com o ‘pé na cova’, aqueles com a idade mais adiantada!!”.
 E assim fez. Visitou cinco! Todos gozando da mais perfeita saúde.
Cansou. Afinal, andou por muitas ruas,  enfrentou o sol...
Mas, até que foi bom, tomou café, comeu bolo de fubá, contou suas novidades e soube da vida dos amigos. É claro que omitiu o motivo da visita. Chato demais dizer que estava por lá para saber se era “ele” (o visitado) que tinha “abotoado o paletó”.
Disfarçou e foi seguindo seu rumo, já um tanto apreensivo, preocupado. Enquanto andava pelo bairro a procura do defunto, estava perdendo o melhor do velório.
Voltou para casa, mas nada de notícias. Ninguém sabia dizer.
Usou o telefone, disfarçadamente, ligou para conhecidos, candidatos a defunto e, até para desconhecidos. Todos gozando de saúde.
Continuou então a saga pela redondeza a na busca do amigo por quem deveria chorar, rezar terço, lamentar a perda, visitar a viúva caso houvesse...Tentativas frustradas!
Após o dia todo à procura, já entardecendo, deu por perdido o velório daquele dia, mas, não ficaria sem saber o nome do morto. Foi até a igreja para perguntar.
Para seu espanto e fúria, veio saber que o anúncio não se  tratava de morte. Era sobre o sumiço de um animal de estimação: Caso alguém encontrasse o cãozinho fujão e o levassem até a sua residência seria recompensado.
E foi neste exato momento que encontrei o sisudo resmungando: “Vou reclamar, com o padre, sobre a falta de dicção da moça que fala ao microfone. Passei o dia procurando um defunto e se tratava apenas da fuga de um cão!” (Esbravejava!!!!). 

CLAUDIA REGINA LEMES - 1996

sábado, 18 de janeiro de 2014

O FANTASMA DA CASA MAL ASSOMBRADA.

Apresentaram-me um livro de histórias de Edgar Allan Poe. Gostei muito. E acabei lembrando de histórias (algumas de assombração), que tenho manuscritas de um tempo em que eu usava livros atas, para fazer diário e registrar, mais no gênero de crônicas. Digitalizei algumas e vou postá-las aqui, aos poucos. Não mudei quase nada, fiz pequena revisão. Esta eu escrevi em 2006, é memória da minha infância. (Clau)
A CASA MAL ASSOMBRADA
Não foi possível conseguir um imóvel para alugar na cidade pacata, silenciosa e “morta”, de São José dos Campos, na década de 70.
Mas, a família teria mesmo que se mudar de Santo André, cidade metropolitana de São Paulo, para o Vale do Paraíba.  Motivos de trabalho: O pai da família, fora transferido para a filial da montadora automobilística. Empresa multinacional, que oferecera ótimas oportunidades para quem aceitasse essa empreitada: Mudar para o interior.
São José dos Campos no início da década de 1970, não tinha demanda de receber novos moradores. Era uma cidade que possuía alguns bairros, antigos, ocupados por proprietários, um centro comercial urbanizado, com pracinhas e enormes árvores centenárias. O restante eram as áreas rurais e alguns pontos ocupados por indústrias, que iniciavam suas atividades, prenunciando um futuro desenvolvimento tecnológicos.
Apesar da distância, o jeito foi alugar um imóvel em Taubaté, que era cidade universitária e possuía um perfil mais receptivo para novos moradores. 
Cidade do Saci! Bem, mas, isto não vem ao caso.
Era um casarão. 14 cômodos, desocupados há tempo. A proprietária foi logo avisando. “É o seguinte: Ninguém quer morar ali, nem eu mesma, pois a casa está mal assombrada!”.
Nas dependências daquele imóvel desenvolvera-se um passado triste. Uma tragédia.Um jovem suicidara-se, por não suportar o fim do amor de sua amada...
Risos por parte dos futuros moradores: "Imagine. Coisas do interior mesmo!" Diante da dificuldade em encontrar outro imóvel e, da urgência em mudar. Com fantasma ou sem fantasma, vai essa casa mesma!
E mudei-me com meus pais, para aquela enorme casa, cheia de cômodos vazios. Situada em Taubaté, na Rua Barão da Pedra Negra, onde talvez tenha acontecido uma das mais ricas experiências fantasmagóricas e talvez, fantasiosas de minha infância: A confidencial e singela amizade de uma menina com seis anos de idade e um fantasma adolescente, romântico,  suicida e eternamente apaixonado.

CLÁUDIA REGINA LEMES (2006)

SÉRIE: Bendito é o fútil - Cartão de Crédito X Traição.

Faz parte de uma série que pretende flagrar momentos de fraquezas pelos quais todos passamos, em que a futilidade supre as carências dos homens. São momentos captados pelo olhar atento em qualquer lugar físico ou virtual e transformando em ficção que permita rir, chorar, pensar, ignorar...CLÁUDIA.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

LÁGRIMAS



SOU MAIS POEMAS, QUANDO ESTOU EM LÁGRIMAS...MAS, JÁ ESTOU CAMINHANDO PARA AS CRÔNICAS.

ELUCUBRAÇÕES (Falando com as paredes)


CRÔNICA DA INSÔNIA.

Crônica da Insônia

Claudia Regina Lemes -2014.

Consultando quem entende do assunto, soube que deveria diminuir o café e usar mais chás, principalmente depois das 17h00, momento em que o corpo precisa iniciar o processo de relaxamento para o sono noturno.
E assim foi: Três noites seguidas, de sono tranquilo.
Na quarta noite, no entanto, preparei o chá (erva cidreira que é mais eficiente) e fui para o quarto com um livro e a xícara
Acordei na manhã seguinte, agradecendo o chá e seus benefícios. Dormira bem e estava me sentindo ótima.
No entanto ao levantar, por distração, esbarro no criado-mudo e derrubo nada mais, nada menos do que a xícara inteira de chá, sobre o livro de cabeceira. Confusa agora, sem entender. Será que sonhei?

 Dormir demais tem destas coisas.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Caminhando.

 CAMINHANDO

Caminhando para cuidar da saúde, manter forma física, pensar, observar coisas e pessoas, foi que me remeti a uma época em que as pessoas caminhavam com passos mais tranquilos, por calçadas estreitas e ruazinhas simples, sem asfalto.
Eram passos firmes, sem pressa. Cruzavam com outros passos e paravam para contar as novidades, que eram sempre as mesmas “novidades”. E lá se iam, ainda sem pressas.
Viajei. Cortando campos verdes. “Caminhos que só existem, quando você passa”, disse assim o Skank.
Mergulhei nos caminhos construídos pelo andar das águas, que trouxe nossos primeiros habitantes, embrião de nossas cidades, sufocados por concretos.
Córregos do Velho Rio Paraíba, que seguem seus caminhos delimitados por duras veias.
Caminhamos rumo ao progresso. Pontes, estradas, viadutos, canalizações dos rios, asfaltos. Tornaram curtos os nossos caminhos e aumentaram nossas distâncias.
E assim vou caminhando, às vezes, caminhando e cantando.


(Claudia Regina Lemes –  Janeiro - 2014)

Epitáfio

Epitáfio

Aqui um amor jaz:
Ao nascer transitório,
foi intenso e sagaz.
Coube num calendário.

 Nem se debateu.
Aceitou com coerência.
Ao carrasco se deu,
não quis pedir clemência.

Tenho aqui seu diário:
Uma vida em vão,
sem mais nem um grão,
 foi-se então, sem velório!
 (Claudia - Janeiro/2014)


Precisando de silÊnCiO...


CÁLICE - Chico Buarque y Milton Nascimento

Cálice...(nobre Chico)

Cálice (Chico Buarque)

Pai, afasta de mim esse cálice/Pai, afasta de mim esse cálice/Pai, afasta de mim esse cálice/De vinho tinto de sangue...
Como beber dessa bebida amarga/Tragar a dor, engolir a labuta/Mesmo calada a boca, resta o peito/ Silêncio na cidade não se escuta/ De que me vale ser filho da santa/ Melhor seria ser filho da outra/ Outra realidade menos morta/Tanta mentira, tanta força bruta /Pai, afasta de mim esse cálice...
Como é difícil acordar calado/ Se na calada da noite eu me dano/Quero lançar um grito desumano/Que é uma maneira de ser escutado/Esse silêncio todo me atordoa/Atordoado eu permaneço atento/Na arquibancada pra a qualquer momento/Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda/De muito usada a faca já não corta/Como é difícil, pai, abrir a porta/Essa palavra presa na garganta/Esse pileque homérico no mundo/De que adianta ter boa vontade/Mesmo calado o peito, resta a cuca/Dos bêbados do centro da cidade/Pai, afasta de mim esse cálice/Pai, afasta de mim esse cálice/Pai, afasta de mim esse cálice/De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno/Nem seja a vida um fato consumado/Quero inventar o meu próprio pecado/Quero morrer do meu próprio veneno/Quero perder de vez tua cabeça/Minha cabeça perder teu juízo/Quero cheirar fumaça de óleo diesel/Me embriagar até que alguém me esqueça

domingo, 5 de janeiro de 2014

O MEDO NO ESTUDO DO CÉREBRO LÍMBICO

O MEDO NO ESTUDO DO CÉREBRO LÍMBICO
Cláudia Regina Lemes – 2014

O cérebro é uma estrutura tripartida: cérebro reptiliano, sistema límbico e neocórtex.
O cérebro reptiliano controla as condições homeostase do corpo, como a respiração. 
O neocórtex é a parte  humana do cérebro, que controla a cognição, a memória. Tem habilidade para analisar, criticar, intuir, interpretar, criar, produzir, raciocinar, calcular, operacionalizar, comparar, contrapor, deduzir, induzir.
O cérebro límbico – será aqui tratado com mais detalhes, para discutir o medo.
O medo faz parte das nossas respostas límbicas e remonta a nossa ancestralidade. Assegurou a nossa sobrevivência com formas de ação: paralisação, fuga, luta.
paralisação foi uma forma desenvolvida pelo homem ancestral, para defender-se dos predadores, que precisavam do movimento da vítima para detectá-la. Hoje, na sociedade moderna “fazer-se de morto” é uma das principais reações de paralisação.
Crianças que foram vítimas de abusos manifestam comportamento límbico de paralização. Na presença de um pai, ou de uma mãe abusivos, evitam contato visual, seus braços ficam em repouso lateral.
Ao longo da evolução o ser humano escapava fugindo, quando as espécies predadoras já tinham atingido um processo evolutivo em que o olfato e a visão lhes permitiam identificar a vítima.
Na sociedade moderna este comportamento foi adaptado na forma de bloqueio, evasão e distanciamento, já que não é possível fugir das mesmas formas que os nossos ancestrais.
A luta é a estratégia final do cérebro límbico, para sobreviver a uma agressão.
Na sociedade moderna, diante de uma situação de perigo, a luta é sempre a última alternativa. Mas, como não se pode lutar sempre, então, usam-se outros meios de enfrentar os perigos:  Discutir, debater, incitar, contra-alegar, violar o espaço pessoal do outro, denegrir, desqualificar, etc..(em muitos casos as pessoas que praticam bulliyng, estão reagindo à uma ameaça ‘subjetiva’, mas, que não deixa de representar uma ameaça.)
Sempre que ocorre uma experiência negativa ou ameaçadora, o cérebro pede ao corpo para proporcionar-lhe comportamentos reconfortantes. São comportamentos que podem assumir muitas formas, desde movimentos com o corpo, como mexer nos cabelos, ajeitar a gravata, etc., como ações mais complexas: Reorganizar a própria vida e as relações sociais e/ou afetivas.
As pessoas nem sempre tem consciência de que estão a comunicar-se não verbalmente o tempo todo, sendo assim a linguagem corporal é a mais honesta do que qualquer afirmativa verbal, que são conscientemente construídas para se alcançar objetivos do interlocutor, portanto, a comunicação que parte do sistema límbico em forma de ações, reações, expressões, faciais, ou até mesmo atos falhos, da linguagem, são sempre mais verdadeiras, pois não passam pelos filtros da racionalidade.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional, Ed. Objetiva, 1995.

CALVIN, Willian H. Como o cérebro pensaEd. Atual Rocco, 1998.





Postagem em destaque

CLAUDIA REGINA LEMES: Gravação caseira - música popular

CLAUDIA REGINA LEMES: Gravação caseira - música popular