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terça-feira, 24 de junho de 2014
NARRANDO A COPA
Em duelo de milenares
Japão e Grécia
conseguem, a peripécia
do placar de dois zeros...
Penso que brincava o deus Eros
com espada de samurai!
E a Inglaterra e o Uruguai
em festa profana surram
a galera que hurra!!!!!
Ora, são de Aquiles os calcanhares
o tal joelho do Suárez!!!!
E pra definir quem fica
que tal de Itália e Costa Rica?
Sem adversidade política,
nem limitação geográfica:
Asia, América ou Europa.
O BRASIL É COPA!!!!!!
(CLÁUDIA - 2014)
CARDÁPIO DO DIA: UM PRATO QUENTE, QUE SE COME FRIO.
-Aquele menino malcriado,
encardido, sem educação. Várias vezes me mandou tomar no c.
Quase todos lembravam e
repetiam em coro: - inesquecível! Como não se lembrar de um garoto tão
boca-suja e inconveniente.
-Ele saiu da escola do
mesmo jeito que entrou. Afirmava a professora. -Rezei para aquele ano acabar logo, ele se
formar e mostrar para a vida a sua proficiência em malcriação. Larguei mão dele!
Mas o destino quis que
eles se reencontrassem. Voltemos aos relatos da professora aos seus iguais
sobre o reencontro com o tal estudante:
-[...] Ao fazer menção
de sentar-me, o garçom se adianta e oferece-me a cadeira com a delicadeza de um
lord! Levanto o olhar e vejo ninguém mais,
ninguém menos do que o próprio menino que tanto me mandou tomar no c! Agora
homem-feito, limpo, cheiroso e engomado! Não me contive. Chamei o maitre:
- Olha senhor, gostaria
que me contasse sobre o milagre! Fizeste o que eu e a escola não conseguimos. Ensinaste
educação para este ser que só sabia falar palavrões. Conte-me o segredo!
O maitre por sua vez, também muito educado e tímido. Ficou corado,
sorriu amarelo e perguntou se poderia ajudar em “mais” alguma coisa, fugindo da
situação embaraçosa. Enquanto isto o menino/garçom nem respirava diante do
constrangimento. E assim ela termina a história com os aplausos, satisfação e
gargalhadas de seus iguais.
Eu estava entre os
ouvintes da história. Não aplaudi, não gargalhei e nem me satisfiz. Fiquei
elucubrando como seria um fim menos opressor para o garçom. Transitei da
comédia à tragédia: Uma torta na cara, uma resposta precisa, veneno na comida...
Mas, não aconteceu. A opressão foi reiterada da escola para a vida:
“Se
eu professor não te ensino nada, tudo fica como está (mantém-se o status quo)”.
Ele foi oprimido e
desta vez não pode sequer falar um palavrão.
Mas, reza a lenda que
no dia seguinte, ela encontra na primeira página de sua agenda um pequeno
bilhete anônimo feito cuidadosamente em um guardanapo de papel comum. Estava
grafado nele os seguintes dizeres:
Vá
tomar no c...!
(CLÁUDIA – 2014)
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