sábado, 12 de julho de 2014

FOME (revisado)


Li tristeza no olhar do homem.
E ele me disse que era fome...
Já era  mais de meio dia,
prenunciava  tarde fria.

Eu nada sei daquele rosto
em quem morava um riso fosco.
Mas que comeu com alegria,
de uma breve cantoria

Desigualdade é um frio trágico.
Mas a vida tem sopro mágico.
E em seu olhar veio a harmonia,
um brilho nasceu como joia.

E ele deu-me de improviso
um doce e belo sorriso.
Que foi um presente e  momento
de leve saudável alimento.

Como Belchior eu peço: Vida
devagar com estas feridas!
Cure a dor que nos consome.
Pois, todos sentimos fome.

                                                       (CLÁUDIA - 2014)










Postagem em destaque

CLAUDIA REGINA LEMES: Gravação caseira - música popular

CLAUDIA REGINA LEMES: Gravação caseira - música popular