Li tristeza
no olhar do homem.
E ele me
disse que era fome...
Já era mais
de meio dia,
prenunciava tarde fria.
Eu nada sei
daquele rosto
em quem morava um riso fosco.
Mas que comeu
com alegria,
de uma breve
cantoria
Desigualdade é um frio trágico.
Mas a vida tem sopro mágico.
E em seu olhar
veio a harmonia,
um brilho nasceu como joia.
E ele deu-me de
improviso
um doce e belo sorriso.
Que foi um presente e momento
de leve saudável
alimento.
Como Belchior eu peço: Vida
devagar com estas feridas!
Cure a dor que nos consome.
Pois, todos sentimos fome.
(CLÁUDIA - 2014)