sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

About Kurt Cobain

ABOUT KURT COBAIN

Kurt foi um anjo rebelde tão intenso que não coube neste mundo pequeno.

Nascido em Abeerden (1967), teve  infância e adolescência tumultuadas. Conviveu com a violência doméstica  de seu padrasto contra usa mãe, foi banido de casa por sua, tendo que ir para a casa, com parentes, ou  amigos. Instalou-se às margens lamacentas do rio Wishkah, onde morou de forma precária. Kurt foi “apresentado” às anfetaminas, com prescrição médica para tratamento de hiperatividade quando ainda era criança e nunca mais deixou de fazer uso de substâncias quimicas.
Alcançou sucesso e fama como músico, liderando o grupo Nirvana. Considerado por muitos como o último príncipe do Rock, recusava qualquer título que o enaltecesse não se deslumbrava com a vida de celebridade. Era na verdade um antiastro.
A indústria cultural, no entanto, implacável transformava em “mercadoria de consumo” tanto suas convenções como suas contravenções: “Era um homem de vontade forte, embora igualmente movido por um vigoroso auto-desprezo. Mesmo aqueles que o conheciam melhor achavam que quase não o conheciam” (CROSS, 2013, p.5).
Recusava-se entrar em limusine, seus jeans eram verdadeiramente velhos e rasgados, calçava tênis “Converse” tão velhos, quanto sujos e não dispensava sequer o menor cuidado com a aparência ou até mesmo a higiene. Era imitado por jovens do mundo inteiro, que na verdade, não compreendiam a essência de seu recado. Kurt não convivia bem com a exposição de uma imagem de astro. Seu autodesprezo o ensinara a não lidar bem com carinhos em demasia, era reservado, sensível não só para a música, mas, também para os traços. Kurt expressava-se também através dos desenhos que fazia, desde a infância. Faziam parte de seus projetos de arte, as caricaturas e bonecas retratadas pela beleza ou figuras grotescas.
Liderava o Nirvana e participava ativamente da organização harmônica, arranjos, frases e convenções das músicas do grupo que eram incansavelmente, avaliadas e “retocadas”  participava de cada detalhe também nas produções dos shows, cenários, iluminação, contratos e tudo mais que envolvia o Nirvana. Suas letras eram paradoxais e reveladores. Versos que deixavam o ouvinte incerto sobre se ele expressava circunstancias internas ou externas. O tom emocional das canções desafiava a interpretação dos ouvintes. Kurt irritava-se com as análises freudianas feitas por jornalistas às suas letras. Fez caricatura de Ronald Reagen, satirizada, pixou no templo da cidade: Deus é gay e tornou-se figura non grata na  cidade natal, onde após sua morte, foi homenageado com a escultura de sua guitarra, em local de visitação pública.
Kurt foi um anjo rebelde tão intenso que não coube neste mundo pequeno.

CLAUDIA REGINA LEMES (2013)

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