Artigos de opinião, política, sociedade, cidadania, comportamento humano. TEM AQUI Aqui também é espaço da ARTE
sexta-feira, 30 de maio de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
VIDADÁ
Que “arte”! Eu corria num parque,
encontro um castor: Jura-me amor.
História sem graça e sem aventura
Pra melhorar: Um castor de fraque!
E no tempo de ligar o computador.
Uma travessura na noite escura
Os meus olhos que ardem
numa loucura em plena tarde...
Mas, não era um dia de calor?
Dedo nas teclas; olho o monitor.
Que estranheza não cause.
Com problema no meu texto-editor
O tal castor era o mouse.
Que frio! Enrolo-me no cobertor.
Às vezes ao acordar eu cismo.
Que minha vida é um dadaísmo.
CLAUDIA - 2014
A FÁBULA
(
Escrita a partir do conto de Malba Tahan
(Uma fábula sobre uma fábula.) Fonte: Minha vida querida. Tahan, Malba. Rio de Janeiro: Conquista, 1957, p.93-98.
Que se faça a mulher!
E Deus criou a fantasia,
por analogia:
Entrar num palácio a Verdade quis.
Sempre
cristalina, porém aprendiz.
Buscou
em silêncio, lá em seu país:
Mais alta
colina foi sua diretriz
A
verdade-nua em transparente véu
Como a
linda lua brilhando no céu
Solicita
a entrada a um guardião
Em imensa
casa falar ao sultão
Foi “Não!” a resposta: Aqui
neste castelo,
Entrar Verdade, assim nua
e crua?
Fez então aos guardas logo
seu apelo.
Por dignidade. Enxota-a
na rua.
Que se faça a mulher!
E Deus fez a Obstinação
por conexão.
Se nua
não posso, cubro-me com peles.
Uso outro
tom, grosseiro e bem severo.
Ao
chefe pediu: Que tu não me repeles!
Senhor-Guardião.
Faço um pedido austero:
Sou a
Acusação. Ir ao palácio eu quero.
A resposta
é “Não!” - disse o soberano-
de
joelhos no chão. “Desista!” Eu espero!
Esta
permissão seria um grande engano.
Que se faça a mulher!
E o Capricho Deus criou.
E sua obra apreciou...
Vestida
em riqueza e pura beleza!
Usando proeza.
Coberta em seda.
Sutileza
e a mais feminina certeza:
Toda
fortaleza teria a sua queda.
E ao
grandioso pediu audiência.
Quem é essa
mulher tão misteriosa?
Se o
sultão acolher em sua residência
Precisarei
saber até de tua essência.
Mostre
ao Califa que minha transparência
Voa inocente,
como uma libélula.
Que abra
palácios para audiência
Almas
alimentem, diga, sou a Fábula.
“Que e
seja bem vinda em minha morada!”
Pouso vitalício,
flores e perfumes.
Eu esperaria
até de madrugada!
Abra-se
o palácio quebrem os costumes.
Conta a
história que Verdade entrou
É
sempre ouvida com encantamento
Com
vestes de Fábula o saciou
De história
e vida a todo o momento.
CLÁUDIA REGINA LEMES - 2014
domingo, 18 de maio de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
NOSSO ROQUE
Deus te trouxe até nós.
Tão pequenino,
como um menino
brincava de bola...
e nos esperou chegar
Fez de nossa casa teu lar
nos amou sem condição
era nossa proteção...
Não vou lembrar com tristeza
Da dor e do quanto lutaste
Mas, vou lembrar da tua beleza
Do seu doce contraste:
Fera, brava, possante
mas, no fundo inocente
animal, bicho, cão...
Mas, pra nós tu era gente!
Não foi levado por veneno
Foi com um anjo sereno
Para um mundo de verdade
Sem crueldade...
(CLÁUDIA 2014)
domingo, 11 de maio de 2014
PEDIDOS...
Todos estes anos,
tantos abandonos
e eu sobrevivi.
Que tropeço!
Não me peça para ouvir
teu pedido do avesso:
Que eu pare de sorrir...
Meu sorriso é coisa séria
corre na artéria.
É uma resposta à vida,
é minha matéria
É quase um grito.
Zombar aflito
da miséria....
E eu juro não é desafio
é puro epitáfio...
(CLÁUDIA - MAIO/2014)
segunda-feira, 5 de maio de 2014
BEIJA-FLOR
Nada contra o beija-flor
que distribui seu amor
entre as flores dos jardins:
dálias, palmas e jasmins
Eu via o lindo e faceiro
pássaro tão beijoqueiro
tão diferente de mim...
Tantos beijos com que fim?
Em um inverno sem flor
desmaiou o pássaro do amor
por que seria assim?
Era a falta das cores
recheada de sabores
néctar e pele de cetim..
(Cláudia - 2014).
que distribui seu amor
entre as flores dos jardins:
dálias, palmas e jasmins
Eu via o lindo e faceiro
pássaro tão beijoqueiro
tão diferente de mim...
Tantos beijos com que fim?
Em um inverno sem flor
desmaiou o pássaro do amor
por que seria assim?
Era a falta das cores
recheada de sabores
néctar e pele de cetim..
(Cláudia - 2014).
CULTIVO DE PALAVRA
Silêncio que lavra.
Presente do solo à semente.
Cultivo da palavra.
CLÁUDIA - 2014
Presente do solo à semente.
Cultivo da palavra.
CLÁUDIA - 2014
CONSELHO DE MESTRA
Assim disse minha mestra
Enquanto não se afinarem
não seremos uma orquestra.
CLÁUDIA - 2014
Enquanto não se afinarem
não seremos uma orquestra.
CLÁUDIA - 2014
DETERMINISMO PSÍQUICO
"Pensei": Se é o dez que me move
e a nona deixo em branco,
sendo franco, eu quero nove!
(CLÁUDIA 2014)
OS COELHOS
Kako é um coelho
de pelo vermelho
que salta baixinho
com dor no joelho
Úlia é coelhinha
que pula bem alto
consegue num salto...
da sala à cozinha
Enana coelha bacana
que ainda não salta
Só pula e derrama
xixi pela cama
Faelo coelho amarelo
Que salta no escuro
lá no seu castelo
E se enrosca no muro
Ipe coelho atleta
já salta de SK8 e de bicicleta
Faz manobra redonda
na crista da onda.
(CLAUDIA - 2014)
sexta-feira, 2 de maio de 2014
PROVA DE FOGO
Perguntas e análogos.
Da fonte banho ou bebo?
Silêncios ou diálogos...
Prefácio ou epílogo
Se visito ou recebo
Se eu vou ou se chego
O remédio ou o placebo
Atividade ou sossego
O mestre ou o efebo?
É este o jogo.
Que dentro de mim, percebo!
Prova de fogo.
(CLÁUDIA - 2014)
Da fonte banho ou bebo?
Silêncios ou diálogos...
Prefácio ou epílogo
Se visito ou recebo
Se eu vou ou se chego
O remédio ou o placebo
Atividade ou sossego
O mestre ou o efebo?
É este o jogo.
Que dentro de mim, percebo!
Prova de fogo.
(CLÁUDIA - 2014)
O QUE OS OLHOS NÃO VEEM
Afirmo que mente
quem diz: olhos não veem
coração não sente.
(CLÁUDIA - 2014)
quem diz: olhos não veem
coração não sente.
(CLÁUDIA - 2014)
POEMA-PROBLEMA.
Eu tenho um grande problema.
Todo tempo e espaço,
tudo o que eu vivo e faço,
Penso: Daria um poema.
(CLÁUDIA - 2014)
Todo tempo e espaço,
tudo o que eu vivo e faço,
Penso: Daria um poema.
(CLÁUDIA - 2014)
MULHERES E O TEMPO - CONSELHOS DE "TIAS FOFOQUEIRAS"
A sociedade não permite
mulher alguma sem celulite
E quando tiveres seus filhos
tem que andar nos trilhos:
tomar porre de anticoncepcional
Fazer lipoaspiração cerebral
Nada resolve com esteira
Tudo cai da prateleira!
Quando tiveres idade,
maldita lei da gravidade!
Encha os seios de silicone
E faça amor por telefone!!!!
CLÁUDIA - 1994
LUTO OU AUTOSSABOTAGEM
No espelho a própria imagem
despida e sem maquiagem.
Descalça e sem bagagem,
sem nome ou personagem.
O que fica é a mensagem,
daquela praia selvagem...
O entardecer e a friagem
"nina" só e sem coragem...
Traída pela linguagem,
sem teto e nem hospedagem
embarcou numa viagem
se perdeu pela paisagem.
O preço da traquinagem,
foi pago em porcentagem.
Fiquei na linha da margem:
Luto ou autossabotagem .
(CLAUDIA - 2014)
NASCENTE DE RIO: lágrima.
É a nascente de um rio
ou é no rosto uma lágrima
que foge do vazio?
CLÁUDIA -2014
ou é no rosto uma lágrima
que foge do vazio?
CLÁUDIA -2014
MANDALAS
Eterno retorno é vínculo.
perímetro, círculo, oráculo
microcosmo, vida, célula.
macrocosmo, espetáculo.
Lua vermelha, crepúsculo.
Força-proteica, músculo.
Ciclo sagrado é um símbolo
da concentração e do cálculo.
(CLÁUDIA -2014)
LUA SANGRENTA - ECLIPSE.
O amor reduz a distância...
Calor solar nos esquenta,
momento de dissonância:
Lua nua se apresenta.
Não tem exato momento:
tempo de mito, latência,
passagem de rio ou vento
transcendência da infância
O ar revela o silêncio
Instante: cio e cromagem
Dança no céu, tatuagem.
Sangra a lua em abundância
Mensagem: rito, passagem:
Ciclo, mandala, vidência.
(CLÁUDIA - 2014)
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