domingo, 13 de abril de 2014

Escritoras/ autoras/ pensadoras... no Brasil contemporâneo.

Escritoras/ autoras/ pensadoras... no Brasil contemporâneo.

Há um tempo atrás, fui convidada para uma brincadeira-desafio, no Facebook que consistia no seguinte:
Teria que postar dez nomes da literatura que foram importantes para mim ( no caso para quem mais recebesse o desafio). Em seguida eu precisaria passar para mais dez pessoas que eu escolhesse.
O objetivo (nobre eu acho) era a indicação,... divulgação e partilha de obras literárias.
Gostei de participar, mas, apresento aqui dois fatos. Um que me incomodou e outro que me indignou:
O que me incomodou: A grande maioria dos que participaram da brincadeira e fizeram a corrente seguir, foram mulheres. Muitos homens, convidados à participar, ignoraram o convite, ou se recusaram.
O que me indignou: Oitenta por cento aproximadamente dos autores citados, tanto por homens como mulheres, foram os do sexo masculino. As escritoras ficaram invisíveis. (Fiz uma estimativa, nivelando por baixo, para não recair no exagero, mas, os dados estão postados e quem se interessar em corroborar com o que o estou apresentando, basta conferir. Esta brincadeira ainda está acontecendo no Facebook).
Eu fortemente marcada (da infância à vida adulta) por Tatiana Belinky, Marion Zimmer Bradley, Agatha Christie, Cora Coralina, Clarice Lispector, Ruth Rocha, Maria Clara Machado, Hannah Arendt, Marilena Chauí, Cecília Meireles, Janete Clair QUE SEJA!!... Fiquei triste.
Ficou a pergunta: Por que não citaram as mulheres?
Apesar de não ter buscado respostas na época, não arquivei definitivamente esta questão.
Hoje, diante do que a vida nos traz, eu desarquivei pergunta e penso que é mais valioso ter perguntas do que ter respostas ( esta última eu não tenho mesmo!)
Perguntei para mim mesma: Se tivéssemos que citar apenas nomes femininos, quais os que apareceriam? Antecipei possíveis respostas e tive medo. Então foi aí que resolvi abandonar a questão e pensar em outras coisas.
É importante, portanto esclarecer que não acredito em respostas definitivas e muito menos totalizadoras. E sobre este assunto, nada mais tenho a escrever, a priori.


(CLAUDIA - 2014)

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