No princípio o homem se relacionava com a natureza de forma divina. Para se cortar uma árvore, para se alimentar de uma carne, para pescar em um rio, eram necessários rituais, em que se pedia licença aos deuses. Mas, o homem evoluiu. Deixou de acreditar em diversos deuses e deusas (deus da árvore, deus do fogo...), não precisando assim prestar conta de seus atos. Estabeleceu um Deus único e semelhante a si e cheio de poderes absolutos. A partir de então, a natureza passou a perder o status de Mãe da Vida. Com isso o homem passou a “poder” destruí-la para retirar da Mãe, as suas riquezas, porque, essa separação fez do homem um ser pobre, pequeno, inseguro. Necessitou do “poder” para aquebrantar os seus medos. A prepotência (que tem seu cerne na fraqueza humana) é tão grande que chegamos a pensar hoje, que, “o homem precisa proteger a natureza”.
Penso, que devemos ensinar às gerações mais novas, aquelas a quem educamos, que: o homem precisa para se proteger, não destruir a si próprio. Se compreendermos isso em sua extensão e profundidade, talvez possamos conservar por mais tempo nossa viagem nesta Mãe Azul...
Claudia Regina Lemes (19/07/2013, Caraguatasol).
Alguns me perguntam: Por que não vai curtir o sol e para de filosofar? A minha resposta é esta: Eu penso/ filosofo o tempo todo, desde que fui concebida e, escrevo o tempo todo, desde que descobri materiais, traços (de cores e/ou texturas), signos, isso ocorreu bem cedo em minha vida. E, assim liberto minha alma, curtindo a sol, a praia, limpando a minha casa, ensinando os meus alunos, brigando com a vida, amando, preparando aulas, sofrendo, sonhando...
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