Não comentarei aqui os palavrões, as confissões criminosas, o escárnio com as vidas humanas que ficaram expostas nas falas da citada reunião ministerial. Para escrever esta nota, fiz o exercício de diminuir o som e observar as imagens.
Vi um grupo de homens brancos diante de uma mesa e alguns sorrisos amarelados.
Moro - o Ministro que alavancou a decisão da divulgação de tal vídeo após deixar o Ministério - manteve-se de braços cruzados quase no tempo total da reunião.
Ao fundo o slogan e a imagem do “Pró Brasil”. Um poster composto de crianças brancas representando a parcela da elite brasileira.
Uma mulher – Damaris Ministra de Estado da Mulher - com semblante alienado.
Salles – Ministro do Meio Ambiente - apresentou-se por maior parte do tempo com cotovelos apoiados na mesa e tórax projetado para frente em posição de ataque - posição esta justificada pela sua fala que já sabemos: o confronto com as leis, as regras, as normas, ao Meio Ambiente justificam sua postura corporal. Do seu lado direito o Ministro da Saúde - hoje já fora do ministério - Teich ex-Ministro da Saúde - levemente encurvado e sem encarar os palestrantes, se posicionou durante a fala de Salles com a boca entreaberta sobrancelhas elevadas para o alto - espanto - olhou-o nos olhos parecendo atônito seguindo atentamente a sua fala e seus movimentos faciais eram acompanhados por Teich que parecia não só ouvi-lo como também lê-lo através da face. Um indivíduo que dedicou a vida aos estudos da saúde humana, provavelmente não aceita com tranquilidade o argumento de se aproveitar da distração da imprensa com as mortes para galgar os degraus que se deseja com relação relaxamento de leis ambientais. A expressão de Teich denota perplexidade.
O Ministro da Educação de todos o mais curvado sobre a mesa, barba e cabelos mal cuidados, aparência de desleixo denota a baixa autoestima de um ministro que provavelmente se vê pequeno diante dos funcionários de carreira do Ministério que aceitou dirigir: situação que expõe para ele mesmo quão pouco ele é. Ao falar o ódio nasce da sua expressão facial. Mesmo sem som, é nítida a intensidade de sua raiva expressa na tensão dos lábios, nos gestos dos braços e mãos. Teich se afasta para não ser atingido pelo movimento de braço do ministro Wentraub.
O vice presidente – Mourão – sorri com ar de quem assiste uma comédia, mas reserva-se das gargalhadas. Sorri com o canto dos lábios e por vezes desvia o olhar para o presidente mantendo o cuidado de olha-lo de baixo para cima de forma que o olhar precise ser erguido para alcançar o do presidente. Tal qual os cães para o seu dono.
Durante a exposição verbal do Ministro Marinho - que apresenta algumas discordâncias de Guedes - parte dos integrantes da mesa movimentam as mãos para a própria boca, escondendo-a num sinal de que pensavam: isto não se pode falar, afinal o Guedes é o “filho preferido”. Bolsonaro se porta na posição de rei. Demonstra o que pensa isto sobre si mesmo: um monarca que não deve ser contrariado, que espera ser reverenciado, que pode investir contra seus opositores, sejam eles quem forem. A imagem mostra que aquele grupo entende por Brasil: um lugar a ser explorado, uma selva a ser botada ao chão, um território a ser tomado do povo pelos verdadeiros brasileiros. O que se entende por brasileiros: homens brancos burgueses, heterossexuais defensores de dogmas, poderes e posição social que consideram direitos humanos coisas de opositores. Dominadores de algumas mulheres brancas omissas e crianças brancas advindas destes relacionamentos. Este é o Brasil acima de todos: acima de todo o resto da população.
Homens e mulheres negros/as, indígenas, mestiços, empobrecidos/as, mulheres e homens pensantes, defensores dos direitos humanos, homossexuais e minorias: UNI-VOS ... pois eles querem nossas cabeças.
Vi um grupo de homens brancos diante de uma mesa e alguns sorrisos amarelados.
Moro - o Ministro que alavancou a decisão da divulgação de tal vídeo após deixar o Ministério - manteve-se de braços cruzados quase no tempo total da reunião.
Ao fundo o slogan e a imagem do “Pró Brasil”. Um poster composto de crianças brancas representando a parcela da elite brasileira.
Uma mulher – Damaris Ministra de Estado da Mulher - com semblante alienado.
Salles – Ministro do Meio Ambiente - apresentou-se por maior parte do tempo com cotovelos apoiados na mesa e tórax projetado para frente em posição de ataque - posição esta justificada pela sua fala que já sabemos: o confronto com as leis, as regras, as normas, ao Meio Ambiente justificam sua postura corporal. Do seu lado direito o Ministro da Saúde - hoje já fora do ministério - Teich ex-Ministro da Saúde - levemente encurvado e sem encarar os palestrantes, se posicionou durante a fala de Salles com a boca entreaberta sobrancelhas elevadas para o alto - espanto - olhou-o nos olhos parecendo atônito seguindo atentamente a sua fala e seus movimentos faciais eram acompanhados por Teich que parecia não só ouvi-lo como também lê-lo através da face. Um indivíduo que dedicou a vida aos estudos da saúde humana, provavelmente não aceita com tranquilidade o argumento de se aproveitar da distração da imprensa com as mortes para galgar os degraus que se deseja com relação relaxamento de leis ambientais. A expressão de Teich denota perplexidade.
O Ministro da Educação de todos o mais curvado sobre a mesa, barba e cabelos mal cuidados, aparência de desleixo denota a baixa autoestima de um ministro que provavelmente se vê pequeno diante dos funcionários de carreira do Ministério que aceitou dirigir: situação que expõe para ele mesmo quão pouco ele é. Ao falar o ódio nasce da sua expressão facial. Mesmo sem som, é nítida a intensidade de sua raiva expressa na tensão dos lábios, nos gestos dos braços e mãos. Teich se afasta para não ser atingido pelo movimento de braço do ministro Wentraub.
O vice presidente – Mourão – sorri com ar de quem assiste uma comédia, mas reserva-se das gargalhadas. Sorri com o canto dos lábios e por vezes desvia o olhar para o presidente mantendo o cuidado de olha-lo de baixo para cima de forma que o olhar precise ser erguido para alcançar o do presidente. Tal qual os cães para o seu dono.
Durante a exposição verbal do Ministro Marinho - que apresenta algumas discordâncias de Guedes - parte dos integrantes da mesa movimentam as mãos para a própria boca, escondendo-a num sinal de que pensavam: isto não se pode falar, afinal o Guedes é o “filho preferido”. Bolsonaro se porta na posição de rei. Demonstra o que pensa isto sobre si mesmo: um monarca que não deve ser contrariado, que espera ser reverenciado, que pode investir contra seus opositores, sejam eles quem forem. A imagem mostra que aquele grupo entende por Brasil: um lugar a ser explorado, uma selva a ser botada ao chão, um território a ser tomado do povo pelos verdadeiros brasileiros. O que se entende por brasileiros: homens brancos burgueses, heterossexuais defensores de dogmas, poderes e posição social que consideram direitos humanos coisas de opositores. Dominadores de algumas mulheres brancas omissas e crianças brancas advindas destes relacionamentos. Este é o Brasil acima de todos: acima de todo o resto da população.
Homens e mulheres negros/as, indígenas, mestiços, empobrecidos/as, mulheres e homens pensantes, defensores dos direitos humanos, homossexuais e minorias: UNI-VOS ... pois eles querem nossas cabeças.
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